Sabe quando você não consegue mais saber o que sente?

Quando ao se olhar no espelho você consegue ver duas faces, dois sentimentos, duas pessoas? As vezes me dá aquela imensa de gritar para o mundo e para você: oi sou bipolar. Eu posso até ser a rainha do drama adolescente e eu posso ter todas as sinceridades de uma garota. Mas me diga, você se importaria? Talvez você nem ligasse, não olhasse para mim e dissesse um foda-se de costas, até porque na sua testa está escrito oi, eu sou sincero. Mas de que adianta tamanha sinceridade sendo que lhe falta sentimentos? Não, eu não aguento mais tudo isso. Me pergunto todas as noites antes de dormir, o que aconteceu para o fim? O erro foi meu? Porque aquele Adeus? Eu não queria um final feliz, eu queria pelo menos um era uma vez. Tento acreditar que tudo um dia vai voltar, mais será? Será mesmo que tudo um dia passará de um sonho? Não, as vezes não creio na volta, mas a esperança é a última que morre não? Eu sempre acreditei nisso, agora então, acredito mais. Não sei o que seria da minha vida sem ti, do meu mundo sem seu sorriso, sem seu doce aroma, sua pele macia sobre meus rosto, eu gostaria de voltar no passado e se eu voltasse, voltaria naquela noite de um doce inverno. Lembra? Você deixava eu encostar minha cabeça em seu ombro, você passava suavemente os dedos sobre o meu cabelo, aquilo sim era um sonho. Me deixa sonhar mais uma vez? Me deixa ter o ultimo sonho? Por favor, me sinto afogada em meio a tantas mágoas. Parece que meu peito agora abriga uma enorme bola de sentimentos, parece sentimentos de várias garotas, não sei se tenho capacidade de sentir tudo isso sozinha. Sabe, ontem ao me deitar pensei em você. Não só porque me deitei, até porque não preciso de um travesseiro, um colchão e um cobertor para pensar em ti, tudo me lembra você. O sol brilhando me faz lembrar de quando corríamos no jardim, de como eramos felizes em meio a tantas flores que lá cresciam. Ao ver a lua me lembro de quando você me acolheu em seu colo quando estava frio. Quando vejo alguém rindo, me lembro de um doce sorriso que você me dava quando olhava no fundo de meus olhos. Me magoa profundamente saber que tudo é passado, saber que não sei mais o que se passa em sua mente, você não me deixa ler suas entrelinhas mais. Eu não consigo descrever tamanha vazio que possuí meu peito agora, o certo seria dizer que é um vácuo, mas um vácuo não dói e meu peito agora sangra, e o mundo se torna assim, meu mundo vermelho. Meus pensamentos não alimentam mas minhas ilusões, meus sonhos não são capazes de se tornarem reais. Parece que em todas as horas do dia eu penso em você. Sabe quando as horas ficam iguais? Eu imagino se você estaria pensando em mim e lembro que essa história de horas iguais não provam nada além de que EU esteja pensando em você. Eu, mesmo com sono, não consigo parar de pensar como seria bom o seu corpo junto ao meu agora, são quinze para meia-noitee seu rosto permanece em meu olhar, cada canto vejo você, cada lembrança me faz chorar, porque? Não sei, realmente não sei. Já me disseram que tudo isso que sinto é passageiro, pois toda garota precisa de um otário. Mas você para mim não é um otário, pelo contrário, você é o grande amor da minha vida. Mas porque eu nunca consigo provar isso? Ou melhor, porque eu nunca consigo viver isso? Tudo atrapalha, tudo nos prende. Você ainda me ama? Ah, que pergunta infame, são apenas meras palavras, você sempre dizia me amar, mas não passou de palavras. Você não sabe o poder das palavras, o poder que ela pode ter sob nossas mentes. Eu sempre acreditei em contos de fadas, bela e a fera, Cinderela, pequena sereia, mas particularmente, eu sempre quis viver um amor de Romeu e Julieta. Eu lembro de quando você arrumava minha franja, beijava minha testa … você era um Romeu, ou pelo menos me fazia sentir uma Julieta. Você era meu pequeno Romeu, mas me deixou agora grandes feridas. Parecia estar tudo bem naquela época, tudo era colorido, o céu parecia brilhar e os pássaros viviam a cantar. O que eu sentia era apenas amor, o mais puro e sincero amor. Eu sabia, desde o começo, que aqueles momentos seriam sonhos inapagáveis, tínhamos a sintonia perfeita pro infinito ser nosso, mas não foi. Eu era quase perfeita, você era perfeito pra mim. Eu não precisava de 10 motivos para te amar, eu não tinha porquê, eu tinha sentir. Lá vou eu com histórias minhasnovamente, mas é que a cada palavra que escrevo mais lembranças vem em minha mente. Você me pegava no colo quando eu estava brava, eu me sentia tão acolhida ali, lembra de quando eu sussurrei em seu ouvido: ”Je suis à toi, mon amour” e você depois de muito tempo descobriu o que eu queria dizer? Eu não menti quando sussurrei, eu realmente serei sua e você sempre será o meu amor. Eu posso viver agora em meio a um mundo apagado diante de meu olhar, me sentir dentro de uma sociedade dos poetas mortos. Mas eu sempre te amarei. Meus olhos agora não me deia ler o que escrevo, estão consumidos por lágrimas e mais lágrimas de uma pequena confissão que acabo de escrever. Talvez eu tenha uma incerta certeza do que acontecerá ao deitar-me a cabeça no travesseiro. Eu irei chorar ou sorrir? Não sei. Eu sempre observei as borboletas, pequenas e sensíveis borboletas. Vivem um período presa em seus casulos, como eu me encontro agora. Mas depois de um tempo elas se libertam, lindas e mais belas do que nunca, soltas para voar. Me disseram ”Prefira as borboletas” e eu nunca entendi o porque disso, mas hoje eu sei e prefiro elas. Quem sabe você foi um meio para que eu encontrasse forças para me libertar né? Ou um meio com que eu me afogasse mais e mais. Bem, acho que preciso de coffe, cigarette and love. Só isso.