Por obrigações pessoais ou exteriores você acaba deixando para trás um detalhezinho ali, uma mania incômoda lá, um sentimento ruim ou algo extremamente bom aos seus pés, sem olhar para trás e sem perceber. Você acaba esquecendo o que mudou, o que foi perdido, e se percebe de olhos vendados toda vez que tenta recuperar alguma parte de sua alma. O novo parece ser tão normal, e o antigo eu acaba sendo borrado e apagado por afirmações constantes de que isso ou aquilo sempre havia sido da mesma forma.
O tempo prega peças divertidas e engenhosas em nós, e uma delas é esse fato constantemente presente em nossas vidas de sua velocidade estável de arrancar partes nossas no caminho… para sermos novamente ricocheteados pelo vento da vida e termos outra porcentagem considerativa de quem nós somos arrancada brutalmente e ser substituída por algo semelhante no caminho.
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