terça-feira, 3 de maio de 2011

Não sei o que me deixou tão feliz naquele dia

sonhosdeborboleta:

Não sei o que me deixou tão feliz naquele dia. Era um misto de orgulho, admiração. Eu vi de longe e quando levantei para ir a sua direção, uma multidão me fechou. Era gritaria, alarde, confusão. Foi então que entendi a surpresa: era ele, tão lindo com a camisa que eu mais gostava, seu sorriso de sexta à noite e de mãos dadas com outro homem. Pra mim não foi novidade, afinal meu melhor amigo sempre se vestiu melhor e foi mais gentil que a maioria dos homens, além de concordar em escolher os meus vestidos pra sair com outros caras. Tinha um incrível senso de humor, o que fazia dele a pessoa mais sensacional do mundo. Mas não foi fácil as outras pessoas aceitarem. Assim que ele entrou e sorriu confiante pro seu amado, as pessoas fizeram cara de nojo. Gritaram, queriam que eles se retirassem do boliche, do lugar que costumava ser tão nosso. Todos à minha volta tentavam me convencer de que não era certo, era pecado, não fazia sentido. Recusava-me à aceitar. Em meio às drogas, prostituição e desespero, qual o problema em ser gay? Tantos por aí sem encontrar o amor e ele tinha achado. Eu estava tão radiante que me voltei contra todos que não os viam com os olhos puros que mereciam. Gritei, esperneei e vi que não adiantava. A sociedade se fechava, achando que se mantinha longe do que chamam de problemas. Fomos pra casa, abrimos um vinho, comemoramos o dia. Enquanto todos ficavam sem entender aquela cena. Enquanto estávamos felizes, o resto do mundo acreditava estar livre de um problema, quando em casa enfrentavam filhos drogados e anoréxicos, depressão, busca incessante da felicidade. Não conseguiam achar o motivo dos problemas e eu digo: Não souberam enxergar o amor.. Quando só este salvava.
 Era um misto de orgulho, admiração. Eu vi de longe e quando levantei para ir a sua direção, uma multidão me fechou. Era gritaria, alarde, confusão. Foi então que entendi a surpresa: era ele, tão lindo com a camisa que eu mais gostava, seu sorriso de sexta à noite e de mãos dadas com outro homem. Pra mim não foi novidade, afinal meu melhor amigo sempre se vestiu melhor e foi mais gentil que a maioria dos homens, além de concordar em escolher os meus vestidos pra sair com outros caras. Tinha um incrível senso de humor, o que fazia dele a pessoa mais sensacional do mundo. Mas não foi fácil as outras pessoas aceitarem. Assim que ele entrou e sorriu confiante pro seu amado, as pessoas fizeram cara de nojo. Gritaram, queriam que eles se retirassem do boliche, do lugar que costumava ser tão nosso. Todos à minha volta tentavam me convencer de que não era certo, era pecado, não fazia sentido. Recusava-me à aceitar. Em meio às drogas, prostituição e desespero, qual o problema em ser gay? Tantos por aí sem encontrar o amor e ele tinha achado. Eu estava tão radiante que me voltei contra todos que não os viam com os olhos puros que mereciam. Gritei, esperneei e vi que não adiantava. A sociedade se fechava, achando que se mantinha longe do que chamam de problemas. Fomos pra casa, abrimos um vinho, comemoramos o dia. Enquanto todos ficavam sem entender aquela cena. Enquanto estávamos felizes, o resto do mundo acreditava estar livre de um problema, quando em casa enfrentavam filhos drogados e anoréxicos, depressão, busca incessante da felicidade. Não conseguiam achar o motivo dos problemas e eu digo: Não souberam enxergar o amor.. Quando só este salvava.

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