domingo, 5 de dezembro de 2010

Desejado desamor

Você me prometeu uma flor, me prometeu as estrelas e até a lua. me prometeu uma casinha branca na beira da praia, dois filhos lindos, um cachorro e um gato! Me prometeu amor, carinho e dedicação. Disse que me faria feliz, nem que fosse a última coisa que fizesse na vida; me assegurou que eu sempre teria um porto, que ao meu coração, jamais faltaria ternura.
Você disse, e eu me lembro, que seriamos para sempre, escute: PARA SEMPRE, um do outro. Falou que eu nunca ficaria sozinha e que o mundo estaria aos meus pés. Ah, me prometeu tantas coisas que se esqueceu de cumprir!
E agora não sei o que fazer, não sei se corro atrás de você, te puxo a manga da camisa e te peço baixinho para honrar tua palavra. Ou se então, apago furiosamente todas as pegadas que deixaste na praia ao lado das minhas, se seco o mar para chamar a atenção e apago o brilho das estrelas a quem demos nomes.
Quer saber, me sinto perdida sem você. Os objetivos parecem ter perdido o sentido; e a rosa - as pétalas, ando sentindo só espinhos. Não gosto mais de filmes; odeio música; detesto macarrão e não suporto sentir o cheiro da cachaça. Tudo me lembra você, tudo me faz doer.
Queria te mandar para bem longe, te despejar do meu peito e fazer com que você pagasse com juros e correção monetária todas as ilusões que me fez comprar; mas ei, tudo bem, eu assumo: não consigo! É difícil demais para mim, é como expulsar um pedaço meu, a minha parte mais bonita. E seria insano rechear-me apenas de coisas podres. Não te imploro que volte para mim, mas encarecidamente eu peço que, por favor, você pare de machucar.

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