sábado, 6 de novembro de 2010

Não penso senão no amanhã, não consigo viver o hoje, fico preocupado sempre. Com o amanhã, com o depois. Vivo no a seguir. Não consigo andar passo a passo. Ando aos saltos. Inconstante, toldado por algo que não existe. O problema é de toda a gente, menos de mim. É isso que penso nos primeiros segundos, minutos, horas, dias. Depois páro. Depois penso. A culpa é minha, eu sou o problema. Sempre foi assim, uns passam, outros ficam. Mas a culpa sempre foi minha, tanto por não gostar, por achar que pode ser melhor, quando na realidade não o é. Nunca o será. Triste, frio, fico. Frio porque o sou por natureza, triste por me aperceber do que sou. Insconstante, sem sabor. Mas isto foi hoje, amanhã haverá mais, o raciocínio é sempre recomeçado, sempre para chegar à mesma conclusão: nunca foram os outros, apenas eu.

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