só pra dizer que um casal de velhinhos sentou do outro lado do ônibus, e que você lembrou da gente por isto, que o senhor ria com as besteiras que ela falava, que deveria ser assim. Ninguém sabe nada sobre a gente, ninguém entende o que é sentir sem tocar, ninguém. Enquanto você está na linha, mesmo sem falar, mesmo que eu não diga o quanto isso me preenche profundamente, você é capaz de entender. Aquele dia em que percebemos que nossos olhos falavam a mesma língua virou um pedaço de mim, ficou colado de um jeito tão certo que ninguém mais pode arrancar. A gente passou a existir de forma diferente depois da vez em que não fizemos nada, depois que entendemos que só era preciso ser. Porque a gente poderia ficar horas sem agir, e seria bom somente por um estar ao lado do outro.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
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