quinta-feira, 4 de novembro de 2010

o abraço que nunca te dei


Vi-te passar mais uma vez com o teu ar altivo mas de menino, o mesmo que agora encaro como de alguém que não consegue olhar em frente. Os teus olhos azuis encontram o chão, os meus encontram a tua sombra. Fui atrás... Chamei-te. Mostraste-me o teu melhor sorriso e eu fugi! Como ia esconder o que estava a sentir? O teu corpo pedia-me para ser consumido... Pedis-te que voltasse e eu nunca te soube dizer que não. Voltei. Falamos as mesmas coisas parvas de sempre, tu porque não sabes falar e eu porque não queria falar. O corpo gritava e o desejo consumia-me. Puxaste-me contra o teu peito e abraçaste-me. O meu corpo ardia. Senti o volume do teu peito e quis que o mundo parasse... Fugi! Amarraste-me e beijaste-me no pescoço. O meu corpo arrepiou.
Vi-te passar mais uma vez com o teu ar altivo que disfarça a tua débil mente. Os teus olhos azuis encontram o chão, os meus encontram a realidade. Não liguei...Foste embora. Mostraste-me a tua presença e eu fiquei! Como posso esconder o que estou a sentir? O teu corpo já não me chama de maneira igual... Não me pediste nada e eu nunca voltarei com a minha palavra atrás. Não falamos nem comunicamos de qualquer maneira. Tu não queres e eu não sei como fazê-lo. A distância entre nós aumentou. O meu corpo estabilizou. Já não és o meu príncipe, és apenas a minha memória e às vezes a minha inspiração.!

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