sexta-feira, 8 de julho de 2011

Se algum dia você bater na porta e encontrá-la trancada,

zaluzejos:

Se algum dia você bater na porta e encontrá-la trancada, sente na calçada, recoste na parede, espere. Você sabe que eu volto. Você sabe que eu corro o mundo sem desfazer laços. Você sabe da minha persistência no “para sempre”. Se um dia quiser ir embora, vá também. Mas você sabe que, ainda assim, fico. Você sabe que ainda assim, rasgo. Fico e rasgo os restos de nossa alegria. (…) Se você for embora, eu rasgo tudo porque tem que ser assim e porque eu sou a própria coisa rasgada desde que vi a primavera rasgando o gelo. Mas se você ficar, não vou comprar tapetes. O chão fresquinho é seu e manterá o gosto e a densidade das suas costas. Se você ficar, o vizinho será nada além de nós mesmos. Se você ficar, minha casa será nossa casa, que será meu coração, seu coração, batendo em ritmo compassado de dança de salão. (Zaluzejos)
sente na calçada, recoste na parede, espere. Você sabe que eu volto. Você sabe que eu corro o mundo sem desfazer laços. Você sabe da minha persistência no “para sempre”. Se um dia quiser ir embora, vá também. Mas você sabe que, ainda assim, fico. Você sabe que ainda assim, rasgo. Fico e rasgo os restos de nossa alegria. (…) Se você for embora, eu rasgo tudo porque tem que ser assim e porque eu sou a própria coisa rasgada desde que vi a primavera rasgando o gelo. Mas se você ficar, não vou comprar tapetes. O chão fresquinho é seu e manterá o gosto e a densidade das suas costas. Se você ficar, o vizinho será nada além de nós mesmos. Se você ficar, minha casa será nossa casa, que será meu coração, seu coração, batendo em ritmo compassado de dança de salão

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